Religiosamente perdido
- Marcos Amazonas Santos
- 12 de jan. de 2024
- 2 min de leitura

A intolerância me assusta e quando ela se dá no campo religioso muito mais. Portugal e Brasil são países laicos, que garantem a liberdade de expressão e religiosa. Por isso, é triste ver pessoas que atacam a religião do outro, julgando-se melhores e pensando que são as escolhidas enquanto as outros estão perdidas.
Confesso, estou cansado de gente religiosa que julga os demais por aquilo que pensam ser correto, mas não conhecem nada da graça de Deus. Nesse sentido, recordo o seguinte texto de Lucas:
“Jesus lhes disse ainda esta parábola a respeito de alguns que se vangloriavam como se fossem justos, e desprezavam os outros: Subiram dois homens ao templo para orar. Um era fariseu; o outro, publicano. O fariseu, em pé, orava no seu interior desta forma: Graças te dou, ó Deus, que não sou como os demais homens: ladrões, injustos e adúlteros; nem como o publicano que está ali. Jejuo duas vezes na semana e pago o dízimo de todos os meus lucros. O publicano, porém, mantendo-se à distância, não ousava sequer levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador! Digo-vos: este voltou para casa justificado, e não o outro. Pois todo o que se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado” (Lc 18.9-14). O que aprendo com essa parábola?
A primeira lição é que religiosos acreditam ser melhores que os outros. Notemos que o homem ora, mas sua oração é um ato de Auto glorificação. A bitola do religioso não é Deus, mas os outros. O seu motivo de exaltação é justamente por não fazer o que os outros fazem. Religiosos se julgam melhores e mais santos que os demais.
A segunda lição é que religiosos pensam que são salvos pelo que fazem. É interessante ver que o texto apresenta um religioso que em sua oração apresenta a lista de coisas que ele faz e, por fazê-las, se acha digno e apto à salvação.
Uma outra lição é que religiosos não conhecem a graça de Deus. Religiosos olham para os seus atos e comparam-se com os demais. Eles amam cumprir regras e por cumpri-las não se vêem pecadores carentes da graça de Deus. Aliás, religiosos amam as regras, mas desconhecem quem seja Deus e a sua graça.
Jesus ensina que quem se auto justifica, pode até ser religioso, mas está religiosamente perdido. Como é que tu estás?



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