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Passando o bastão

  • Foto do escritor: Marcos Amazonas Santos
    Marcos Amazonas Santos
  • 4 de fev.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 5 de fev.

Leia Tito 1.1-4


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O apóstolo Paulo tinha consciência de que seu ministério estava chegando ao fim. Ele encontrava-se na região da Macedônia, estava na sua quarta viagem missionária e havia deixado Tito na ilha de Creta, para que pudesse da continuidade à obra, organizando a igreja e discipulando o povo que fosse se convertendo ao evangelho. Portanto, encontramos um homem que estava delegando funções a um dos seus sucessores. Logo, era alguém que tinha consciência de que o seu ministério estava terminando e, por isso, tinha que preparar e orientar sucessores. O verdadeiro líder sabe que é essencial preparar novos líderes e tem consciência de que há um momento em que deve parar e passar o bastão para o outro.

Quando lemos a epístola de Paulo a Tito, ficamos surpresos com a maneira carinhosa com que o apóstolo trata Tito. Porém, muito mais do que isso, surpreende-nos a consciência e visão que ele tinha da igreja e o cuidado que nutria por ela. Nesses versículos, saltam-nos aos olhos alguns aspectos muito importantes que merecessem nossa atenção e reflexão.

O apóstolo Paulo era de uma lucidez incrível. A primeira coisa que nos salta aos olhos é a sua consciência, pois ele deixou claro que sabia quem era. Ele se assumiu como servo de Deus, uma pessoa que estava completamente dedicada ao serviço do Mestre. Note, ele tinha consciência de quem era e também da sua vocação. Encontramos alguém humilde, que não fica agarrado a títulos, não se preocupa com estatuto social. Ele assumiu-se como servo (escravo) de Deus. Ele era servo e, como tal, vocacionado por Deus para ser seu apóstolo, um emissário do Mestre. O apóstolo, em sua lucidez, tinha consciência da sua vocação e do seu ministério e foi assim que ele viveu. Portanto, o desafio para aqueles que desejam ser líderes é saber quem são e viver suas vidas tendo consciência de sua vocação e ministério, mas investindo sua vida na formação de uma nova liderança.

É magnífico ver como o apóstolo Paulo tratou Tito. Ele estava escrevendo uma carta para quem amava, nutria um sentimento profundo e o considerava tanto que o chamou de filho. O apóstolo estava passando o bastão da liderança para o seu sucessor, que necessitava estar preparado. País educam seus filhos, investem tempo com eles e na sua formação, e nesse mesmo propósito, era isso mesmo que o apóstolo estava fazendo com o seu discípulo. Paulo estava investindo na vida de Tito, preparando-o para dar continuidade ao ministério, mas orientando-o para que ele fosse capaz de ser um líder exemplar.

Paulo escreveu para alguém que considerava como filho e desejou ao jovem Tito o melhor. Ou seja, que ele desfrutasse e manifestasse em sua vida a graça de Deus, que a sua vida fosse vivida gozando a paz do Senhor. Ou seja, que ele tivesse a capacidade de viver inteiro e fosse uma pessoa íntegra, realizando a obra para qual fora chamado e constituído ministro de Deus.

Encontramos um homem que está chegando ao final de sua jornada, mas que teve o cuidado de preparar sucessores. Quando lemos esses versículos somos desafiados a ter consciência de quem somos, do ministério que exercemos, mas que precisamos também estar aptos a preparar sucessores, desejando-lhes o melhor para que possam dar continuidade e exercer uma liderança saudável.

 
 
 

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