O triunfo do bem

O jornal Expresso, na sua versão on-line, traz um artigo muito interessante sobre Yossi Beilin, ex secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros (no Governo trabalhista de Yitzhak Rabin). O texto apresenta um homem que luta pela paz, que apesar de todas as atrocidades perpetradas tanto pelo Hamas como por Israel, continua buscando consenso para que haja uma coabitação harmoniosa entre palestinianos e israelitas. Lendo sobre as atitudes de Yossi Beilin, recordei do que escreveu o apóstolo Paulo em sua carta aos romanos:

“Vivei em boa harmonia uns com os outros. Não vos deixeis levar pelo gosto das grandezas; afeiçoai-vos com as coisa modestas. Não sejais sábios aos vossos próprios olhos. Não pagueis a ninguém o mal com o mal. Aplicai-vos a fazer o bem diante de todos os homens. Se for possível, quanto depender de vós, vivei em paz com todos os homens. Não vos vingueis uns aos outros, caríssimos, mas deixai agir a ira de Deus, porque está escrito: A mim a vingança; a mim exercer a justiça, diz o Senhor” (Rm 12.16-19). 

Quais lições aprendemos com esse texto?

A primeira lição que aprendemos, é que devemos viver em harmonia com os demais. Ou seja, não se deixe brutalizar, não se deixa influenciar pelo ambiente hostil à sua volta. Seja alguém que acolhe, agrega e cria um ambiente propício de comunhão e harmonia.

A segunda lição que aprendemos, é que devemos interromper o ciclo da vingança. Não retribua na mesma moeda. Não pague o mal com o mal. Faça diferente, faça o bem, quebre o ciclo do ódio e da vingança. Seja uma pessoa que busca a harmonia e que luta para que o ambiente à sua volta, por mais hostil que seja, possa ser transformando por uma atitude reconciliadora.

Por último, trave a batalha interior pela paz. Paulo afirma: “quanto depender de vós”, ou seja, faça de tudo para manter a paz e estar em paz. A maior das batalhas é a interior, pois se permitirmos que o ódio tome conta de nós, perderemos a paz e nos tornaremos pessoas belicosas que causarão dano a tudo e a todos.

Yossi Beilin ensina-nos que é possível viver num ambiente hostil sem ser dominado pelo ódio. É possível viver cercado pelo ódio, sem nos tornarmos iracundos. Que possamos ser pessoas que semeiam a paz, rompem com o ciclo da hostilidade e que não nos deixemos dominar pelo mal, mas sim vencê-lo com o bem.