O pedido
- Marcos Amazonas Santos
- 10 de jul. de 2024
- 3 min de leitura

Recentemente, a França passou por eleições e foi surpreendente ver o envolvimento de todos na luta para definir a escolha de governo. Entretanto, no meio de tudo isso, decorria o EURO 2024 (Eurocopa) e, para surpresa de muitos, vimos jogadores a se posicionarem politicamente e pedir à população para que votassem em determinada visão política. Até mesmo o ex jogador brasileiro Raí, ídolo do PSG, apareceu em comício pedindo voto e o pedido era específico.
Esse fato mostra que um pedido tem que ser específico. Bem definido, e por isso, refleti na Escritura sobre um encontro que o Senhor Jesus teve com um homem cego, na cidade de Jericó. Encontramos a narrativa no evangelho de Marcos que diz:
“E foram para Jericó. Quando ele saía de Jericó, juntamente com os discípulos e numerosa multidão, Bartimeu, cego mendigo, filho de Timeu, estava assentado à beira do caminho e, ouvindo que era Jesus, o Nazareno, pôs-se a clamar: Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim! E muitos o repreendiam, para que se calasse; mas ele cada vez gritava mais: Filho de Davi, tem misericórdia de mim! Parou Jesus e disse: Chamai-o. Chamaram, então, o cego, dizendo-lhe: Tem bom ânimo; levanta-te, ele te chama. Lançando de si a capa, levantou-se de um salto e foi ter com Jesus. Perguntou-lhe Jesus: Que queres que eu te faça? Respondeu o cego: Mestre, que eu torne a ver. Então, Jesus lhe disse: Vai, a tua fé te salvou. E imediatamente tornou a ver e seguia a Jesus estrada fora” (Mc 10.46-52). O que aprendemos com esse relato?
Aprendo que não podemos permitir que os outros calem nosso clamor. O texto é magnífico, o cego mendicante ouviu que Jesus estava de passagem e pôs-se a gritar e a clamar por compaixão. As pessoas o repreendiam, tentaram calá-lo, mas ele gritava mais alto ainda. Diante das suas dificuldades, da sua tragédia, não permitiu que os demais lhe impedissem de clamar e suplicar por ajuda.
O texto também ensina que Jesus escuta o nosso clamor. É interessante perceber que Jesus, diante da súplica e dos gritos do cego, para e manda chamá-lo. O Mestre não é uma pessoa inacessível e não é alguém com uma agenda lotada que não possa parar para escutar o que lhe temos para dizer. O Senhor escuta o clamor de Bartimeu, manda chamá-lo, pois deseja saber o que ele realmente deseja. Ou seja, Deus se interessa por nós e quer saber o que desejamos.
Por último, aprendo que devo ser específico no meu pedido. O cego clamava por compaixão, misericórdia e o Senhor lhe perguntou: o que queres que te faça? Veja, o Senhor deseja dar resposta ao nosso dilema específico. Sendo assim, não podemos ficar clamando e gritando de forma genérica, precisamos ser específicos em nossa súplica e dizer abertamente o que necessitamos para o Senhor, pois Ele deseja ouvir o que temos para pedir, mas precisamos saber o que pedir.
Diante das eleições em França, jogadores foram peremptórios em pedir à população que votassem em uma determinada visão política. O pedido foi específico. Perante o cego Bartimeu que clamou por compaixão, o Mestre parou e de forma objetiva perguntou-lhe o que ele queria e ele, de forma específica, falou e o Senhor atendeu o seu pedido. Sendo assim, apresente a sua necessidade ao Mestre, mas peça de maneira específica.



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