Mostre Compaixão
- Marcos Amazonas Santos
- 13 de jan.
- 3 min de leitura
Leia Jonas 4.1-11

O profeta obedeceu o senhor, foi e pregou em Nínive. A mensagem foi dura, mas o povo deu ouvido à voz do profeta, se arrependeu dos seus pecados, confessou-os e o ETERNO os perdoou. Diante do arrependimento geral da nação, Jonas ficou indignado, pois ele não queria a conversão daquela gente e muito menos que elas fossem perdoadas por Deus.
Revoltado, o profeta orou e, em sua oração, deixou claro que sabia quem Deus era, reconheceu que o ETERNO é misericordioso, perdoador e cheio de graça. Justamente por ser assim, é que ele não queria ir pregar a Nínive, pois sabia que o povo não seria destruído e se aquele povo iria ser salvo, era melhor morrer. Jonas orou reconhecendo que servia o Deus da graça, mas ele era incapaz de mostrar graça. Quem se alimenta de ódio, jamais deixará fluir de si o bálsamo do perdão.
Zangado, o profeta saiu e procurou um lugar para ver o que iria acontecer. Abrigou-se à sombra e ficou aguardando que uma catástrofe viesse e consumisse o povo, mas isso não aconteceu. A graça e a misericórdia de Deus se manifestaram ao povo de Nínive, tudo o que o profeta não queria, pois ele desejava que Deus fosse como ele e se alimentasse de ódio e ira para assim destruir a cidade. Jonas se esqueceu que era ele quem devia ter o mesmo sentimento do ETERNO e não o contrário.
Deus veio ao encontro do profeta. O Senhor fez brotar uma planta de folhas largas que deu refrigério a Jonas, que recobrou a alegria. Pareciam que as coisas estavam melhorando, mas no dia seguinte, o ETERNO enviou um bicho que atacou a planta e ela morreu. Amanheceu, o sol estava muito forte sobre a cabeça do profeta e ainda havia um vento forte e quente que ia fazendo com que Jonas desfalecesse. Diante disso, mais uma vez indignado o profeta exclamou: “Prefiro morre a viver!”
Deus é o Mestre por excelência. É didático e dirigiu-se a Jonas, questionando-lhe que direito ele tinha par estar revoltado por causa de uma planta que não tinha feito nada por ela. O profeta então declarou a Deus que tinha todo o direito de estar indignado e, não apenas isso, diante de tudo o que sucedeu era melhor morrer.
Deus não é apenas o Mestre por excelência. O Senhor é paciente. Da mesma maneira que Ele não queria a morte dos ninivitas, também não queria a morte de Jonas e pacientemente estava cuidando do profeta e ensinando-lhe lições preciosas. O Senhor então falou a Jonas que ele foi capaz de amar uma planta que não fez nada por ela e se entristeceu por ela ter morrido. Ora, se ele podia agir assim, quanto mais o Criador de todo o universo. O Senhor estava dizendo a Jonas que amava aquelas pessoas, que amava os animais que estavam naquela cidade e que por amá-las é que estava manifestando graça e misericórdia. O ETERNO falou com Jonas, mostrando que Ele é o Deus que ama toda a sua criação e que quem o serve, precisa em sua vida, no seu agir manifestar misericórdia e graça.
Jonas foi até Nínive, cumpriu a missão que o Senhor lhe concedeu, mas fê-lo contragosto. Em seu íntimo ele nutria o ódio e ressentimento. Estava amargurado e não conseguia se alegrar com a salvação dos ninivitas. Deus de maneira didática mostrou o quão importante é termos compaixão. O Senhor mostrou que o profeta foi capaz de se compadecer por uma planta, será Deus não deveria se compadecer de todo um povo?
Jonas pregou, mas não amou e nem se alegrou com a salvação do povo. Quem se alimenta do ódio, não se permitirá ser envolvido pela compaixão que brota do ETERNO.



Comentários