Haja paz
- Marcos Amazonas Santos
- 22 de out.
- 3 min de leitura

Leio a história de dois irmãos, empreendedores que nos ano1920 criaram uma fábrica de calçados que se destinava ao atletismo. A fábrica cresceu, gerou emprego para toda a cidade, mas e sempre há um mas, os irmãos se desentenderam a sociedade foi desfeita. Uma nova empresa foi aberta e cada um seguiu para o seu lado. Essa divisão afetou não apenas a família dos dois, mas toda a cidade, que por isso, passou anos dividida. Foi no ano de 2009 que as empresas celebraram um acordo de paz e essa celebração se deu através de uma partida de futebol que ocorreu no dia 21 de setembro, “Dia Mundial da Paz”. Esse evento entre as empresas Adidas e Puma, não apenas pacificou as empresas, como também uniu novamente a cidade de Herzogenaurach.
Os conflitos destroem a harmonia familiar e social. Entretanto, quando a paz reina tudo muda. A Escritura fala do conflito entre Esaú e Jacó e também nos mostra a reconciliação entre os dois. O relato é magnífico:
“E levantou Jacó os seus olhos, e olhou, e eis que vinha Esaú, e quatrocentos homens com ele. Então repartiu os filhos entre Lia, e Raquel, e as duas servas. E pôs as servas e seus filhos na frente, e a Lia e seus filhos atrás; porém a Raquel e José os derradeiros. E ele mesmo passou adiante deles e inclinou-se à terra sete vezes, até que chegou a seu irmão. Então Esaú correu-lhe ao encontro, e abraçou-o, e lançou-se sobre o seu pescoço, e beijou-o; e choraram. Depois levantou os seus olhos, e viu as mulheres, e os meninos, e disse: Quem são estes contigo? E ele disse: Os filhos que Deus graciosamente tem dado a teu servo. Então chegaram as servas; elas e os seus filhos, e inclinaram-se. E chegou também Lia com seus filhos, e inclinaram-se; e depois chegou José e Raquel e inclinaram-se. E disse Esaú: De que te serve todo este bando que tenho encontrado? E ele disse: Para achar graça aos olhos de meu senhor. Mas Esaú disse: Eu tenho bastante, meu irmão; seja para ti o que tens. Então disse Jacó: Não, se agora tenho achado graça em teus olhos, peço-te que tomes o meu presente da minha mão; porquanto tenho visto o teu rosto, como se tivesse visto o rosto de Deus, e tomaste contentamento em mim. Toma, peço-te, a minha bênção, que te foi trazida; porque Deus graciosamente ma tem dado; e porque tenho de tudo. E instou com ele, até que a tomou” (Gn 33.1-11). Dois irmãos separados pelo ódio, agora se abraçam, o perdão flui e a paz reina e une as famílias.
Esaú acolheu seu irmão, abraçou-o e beijou-o, concedendo-lhe perdão. Essa história nos ensina muito. Perdão não se compra. Jacó queria ofertar as coisas para receber perdão do irmão, mas Esaú já o havia perdoa. Não tente comprar o perdão, pois ele é fruto da graça.
Aquele que perdoa o próximo manifesta em seu ser a face de Deus. Jacó disse que viu o rosto do irmão como se tivesse visto a face de Deus. Quem perdoa, está livre do peso do ressentimento, do rancor e, é todo graça, todo misericórdia. Por isso, reflete a imagem do Criador. A celebração da paz une os laços partidos.
A verdadeira paz rompe o ciclo do ódio, ela une os corações. Ela não se faz com ameaças de destruição. A verdadeira paz brota do perdão e de um coração que transborda a graça de Deus.
Que em nós e através de nós se manifesta a graça de Deus e que possamos ser agentes de paz e que onde estivermos haja paz.



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