E agora?

Leia Mateus 26.69-75; 27.3-5

Eles foram discípulos de Jesus e, dos muitos seguidores que o Mestre teve, foram escolhidos para serem apóstolos. Pedro e Judas, foram revestidos de autoridade por Jesus, caminharam lado a lado com o Senhor, expulsaram demônios, curaram enfermos e viram coisas inimagináveis acontecer. Contudo, Pedro e Judas, como também os outros apóstolos abandonaram Jesus, fugiram.

Judas vendeu o Mestre e, apesar disso, Jesus o chamou de amigo. Pedro negou o Senhor por três vezes, o Senhor olhou para ele enquanto o galou cantou pela terceira vez e lá se foi Pedro, chorando amargamente.

Dois homens que caminharam com o Mestre e tiveram um fim completamente distinto. Judas ao ver o resultado de sua atitude foi e suicidou-se, Pedro chorou amargamente, foi para perto dos outros discípulos e aguardou quieto para ver o que aconteceria.

Judas, vendo o que aconteceu com o Senhor, foi e se matou. Pedro, chorou, foi para justo dos outros apóstolos e depois tornou-se o líder da igreja. Qual a diferença na vida desses dois homens e que lições aprendemos?

O texto nos apresenta Pedro chorando amargamente. Ele chorou por ter negado a Jesus, mas também chorou de tristeza e arrependimento. Aquele que se arrepende sente uma tristeza profunda. Pedro ficou triste, chorou amargamente, lamentou pelo que fez. Entretanto, Judas tentou se justificar perante os homens para quem ele tinha traído o Senhor. Pedro chorou amargamente demonstrando sua tristeza e arrependimento. Judas, não chorou, tentou se justificar e foi corroído pelo remorso e pela culpa.

O arrependimento restaura a pessoa, enquanto o remorso a destrói. Pedro saiu e foi ao encontro dos outros discípulos, buscou a sua comunidade, procurou apoio e aconchego. Judas fugiu e na sua vergonha e dor deu cabo da sua vida.

Aprendemos que o arrependimento nos aproxima das pessoas, nos leva de volta ao lar, mas o remorso nos corrói, consome e nos conduz à morte. Quando olhamos para o que aconteceu com esses discípulos, essencialmente com Pedro e Judas descobrimos que o arrependimento genuíno restaura o ser, tanto que Pedro teve sua relação restaurada com o Senhor e demais discípulos, tornou-se o líder da igreja, no dia de Pentecostes, pregou para uma multidão, seguiu em frente livre da culpa. Entretanto, o remorso destrói o ser. Mata as relações, Judas tentou justificar-se perante os religiosos, saiu e não buscou os outros discípulos, consumido pelo remorso foi e enforcou-se.

Dois apóstolos, duas pessoas que caminharam com Jesus. Seres humanos de carne e osso como nós. Erraram, abandonaram o Mestre. Um se arrependeu e teve sua vida restaurada. O outro foi consumido pelo remorso e por isso, tirou a própria vida.

Perante a história desses dois homens, o que fazer com os nossos falhanços e traições?

Há o caminho da vida, da restauração que é fruto do arrependimento ou então, resta o caminho da morte, ainda que não seja um suicídio, mas a morte lenta e gradual em que o ser vai sendo corroído pelo remorso. O verdadeiro discípulo de Jesus arrepende-se e volta para a comunhão os seus. E agora, o que tu farás?