Das profundezas clamo
- Marcos Amazonas Santos
- 9 de jan.
- 2 min de leitura
Leia Jonas 2.1-10

Jonas desejou fugir de Deus. Renegou o seu chamado e diante da tempestade, enquanto os marinheiros clamavam aos seus deuses, ele dormia. Quando foi descoberto, o capitão disse-lhe para que clamasse a seu Deus, mas ele ficou calado.
O desespero tomou conta dos marinheiros, de quem seria a culpa? Lançaram sortes e caiu sobre Jonas, que se identificou e disse que a resolução do problema era eles atirarem-no ao mar. Relutantes, aqueles homens fizeram de tudo para não atirá-lo, mas vendo que o mar ficava cada vez mais bravio, fizeram o que o profeta havia dito e o mar imediatamente se acalmou, fazendo com que aqueles marinheiros adorassem e louvassem a Deus.
Jonas desejava morrer, mas eis que o Senhor enviou um enorme peixe que engoliu Jonas para preservá-lo com vida. Deus não desiste dos seus e sempre sai em busca para resgatá-los. O profeta foi levado para o mais profundo do mar. Ele queria morrer, mas Deus não permitiu. Entretanto, no fundo do mar, quando tudo parecia perdido, já sem esperanças, Jonas ergueu sua voz em oração, das profundezas ele clamou ao Senhor.
Jonas orou, lá das profundezas ele clamou e declarou que o Senhor escutou à sua oração. Agora sim, o profeta entendeu que Deus é presente e que não importa onde estejamos, quando em nosso desespero e angústia clamamos, Ele ouve a nossa oração e vem em nosso auxílio.
É magnífico perceber que o profeta percebeu que Deus não desiste dos seus e os salva. Ele disse: “A salvação a ti pertence, ó Eterno”. Um homem em desespero, que estava no mais profundo dos abismos, que ficou sem esperanças e desejou a morte, mas ao contemplá-la, repensou e desejou viver, clamou a Deus e encontrou um Deus presente, que veio ao seu encontro e o salvou.
Foi nas profundezas do mar, dentro do ventre de um grande peixe, que Jonas redescobriu a sua vocação. Diante da morte que ele tanto desejou, quis a vida. Suplicou pela misericórdia de Deus e o Senhor o escutou, manifestando-lhe graça. O profeta clamou das profundezas e ao perceber a graça de Deus, manifestou gratidão. Ele compreendeu que Deus é presente e que ouve o clamor dos seus filhos e os salva.
Jonas estava sem esperança, desesperado. Ele havia negado à sua vocação e fé. Tinha desistido de servir a Deus, mas em meio à sua crise, no mais profundo dos abismos ele ergueu sua voz em oração e foi ali que Jonas percebeu que Deus não desiste dos seus.
Não importa onde nos encontremos. Não importa se estamos no mais profundo dos abismos. Não interessa se desistirmos de nós mesmo, pois Deus não desiste de nós e está pronto para ouvir o nosso clamor. Portanto, tal e qual Jonas, das profundezas clame ao Senhor.



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