Basta de violência
- Marcos Amazonas Santos
- 1 de out.
- 2 min de leitura

Diariamente os noticiários mostram o aumento das guerras e, nós, ficamos quietos. Estamos como o homem da canção de Zé Geraldo, "Milho aos pombos", que diz: "Enquanto esses comandantes loucos
Ficam por aí queimando pestanas
Organizando suas batalhas
Os guerrilheiros nas alcovas
Preparando na surdina suas mortalhas
A cada conflito mais escombros
Isso tudo acontecendo e eu aqui na praça
Dando milho aos pombos"
A injustiça impera no mundo. A barbárie foi banalizada e nos é apresentada diariamente em todos os tipos de mídias. Testemunhamos as atrocidades que estão acontecendo ao redor do mundo. Vemos a destruição em massa, o genocídio, a intolerância religiosa e tudo isso, vai nos anestesiando e, sem dar conta, ficamos anestesiados, consumimos as imagens, os relatos e isso já não nos afeta.
Precisamos nos humanizar. É de vital importância reagir, não compactuar. É preciso erguer a voz, gritar: Basta!
O profeta Habacuque bradou: "Até quando, Senhor, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritar-te-ei: Violência! E não salvarás? Por que razão me mostras a iniquidade, e me fazes ver a opressão? Pois que a destruição e a violência estão diante de mim, havendo também quem suscite a contenda e o litígio. Por esta causa a lei se afrouxa, e o juízo nunca se manifesta; porque o ímpio cerca o justo, e o juízo se manifesta torcido. Vede entre os gentios e olhai, e maravilhai-vos, e admirai-vos; porque realizarei em vossos dias uma obra que vós não crereis, quando for contada" (Hc 1.2-5). É hora de bradar aos céus, suplicar pela intervenção de Deus, por mais que sua resposta não me agrade, ela sempre será a melhor e mudará o rumo das coisas.
Não dá para fazer de conta que nada está acontecendo. Preciso confiar em Deus, alegrar-me n'Ele e n'Ele ser feliz, mas também preciso entender que os que sofrem as atrocidades, violências e têm suas famílias destruídas também desejam ser felizes. Por isso, ecoa em meus ouvidos a letra do Rap Brasil:
"Eu só quero é ser feliz
Andar tranquilamente na favela onde eu nasci, é
E poder me orgulhar
E ter a consciência que o pobre tem seu lugar
Fé em Deus, DJ".
Basta de violência!



Comentários